segunda-feira, 21 de março de 2016

Resenha: O Que Há De Estranho Em Mim - Gayle Forman




Título: O Que Há De Estranho Em Mim
Autor: Gayle Forman
Editora: Arqueiro
Número de Páginas:  224
Ano de Publicação: 2016













Britt é uma adolescente como qualquer outra, e vê seu mundo desmoronar quando algo acontece com a sua mãe - não posso contar o que é, pois, seria spoiler -. Por conta disso, os pais dela acabam se separando e o pai de Britt acaba se casando novamente, porém, a madrasta não é nada parecida com Laura - a mãe de Britt -, e detesta o cabelo colorido, as tatuagens e a banda da qual Britt faz parte - bem Cinderela, né gente?.
A Monstra - como Britt chama a madrasta - atura tudo isso "calada", até mesmo os ensaios na garagem, mas com o nascimento de Billy - meio-irmão de Britt -, as coisas desandaram de vez, os ensaios foram proibidos e Britt acaba sendo levada para um internato que promete acabar com a "rebeldia" da garota.
Britt é diagnosticada com TDO - Transtorno Desafiador Opositivo -, e o Red Rock - lugar para onde ela foi levada - promete "consertá-la", porém, ao invés de uma instituição séria, o lugar mais parece uma prisão, para subir de nível as garotas precisam dedurar umas as outras, xingá-las até que a pessoa não aguente mais e desabe no choro, além de várias outras maluquices. Para se manter sã nesse lugar Britt consegue a ajuda e a amizade de quatro garotas - V, Bebe, Cassie e Martha - e juntas elas vão tentar ajudar umas as outras a conseguirem sair daquele lugar.


Eu começava a reparar que o maior empecilho na Red Rock não eram as portas trancadas nem os alarmes, mas o nosso próprio medo.

Bom vamos ao que eu achei😁



Lembram que eu falei que a história da Britt parece a da Cinderela? Ao ler o livro vocês vão perceber que as amigas dela também perceberam isso e até a apelidaram de Cinderela.
Com relação ao Red Rock, achei absurdo acontecer esse tipo de coisa em uma instituição que promete ajudar as pessoas. Além da atitude - no mínimo idiota - dos pais de colocarem as filhas em locais assim, só porque elas não são como os pais esperavam - alguns pais colocaram as filhas lá só porque elas são homossexuais, estão acima do peso ou por algo tão idiota quanto.


Quem eram os doidos de verdade? Martha ou os pais dela, obcecados pela magreza? Cassie ou seus pais homofóbicos? V ou os pais ricaços, que nem lembravam que tinham uma filha? Bebe ou a mãe que mal parava em casa e só queria saber de cosméticos? Eu ou meu pai, que gostava de se iludir?



Quanto ao TDO -
 " Frequentemente perde o controle das emoções e discute com os pais; desafia acintosamente os adultos, recusando-se a atender solicitações e a obedecer a normas; deliberadamente incomoda as pessoas; culpa os demais pelos próprios erros e falhas; com frequência se mostra irritado, ressentido, maldoso, vingativo... " - Ela se interrompeu e perguntou - E então, soa familiar? " 

 A resposta é sim, é possível reconhecer em todos os adolescentes pelo menos um desses sintomas, ao pesquisar iremos ver que, apenas o fato de uma pessoa ter as mesmas características que a Britt - ter tatuagem e tocar em uma banda - não quer dizer nada, principalmente se estivermos falando de uma adolescente. Para ter esse diagnóstico seria preciso uma falta muito grave, o que não é o caso da protagonista.


Dou 4 estrelas para o livro, a história é ótimo e super envolvente, em vários momentos você se pega torcendo pelos personagens, porém, o final é meio corrido e ficam algumas perguntas sem respostas, por isso, não dei 5 estrelas, mas super recomendo o livro, a história é muito boa e dá pra tirar alguns aprendizados😊.

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