Nessa semana trago no Série de Plantão uma velha conhecida de todos que assistem séries ou que, se não assistem já ouviram falar do “programa com a menininha bonitinha e muito esperta”, ou “aquela que lançou as gêmeas famosas do cinema norte-americano”. Full House é o tema dessa semana. Ou ainda Três é Demais, como foi batizada no Brasil, onde por um longo tempo foi – e por vezes continua sendo – exibida pelo SBT. Logo, falar de uma série exibida pelo SBT é garantir popularidade ou ao menos visitar a infância de muitos.
Contando a história de Danny e suas três filhas que são criadas por ele, tio Jesse e o amigo Joey, a série nos mostra além de simpáticos e fofos momentos, algumas dificuldades dessa situação, mas sempre com muita leveza e bom humor.
Danny é um pai, apesar de já bastante experiente, extremamente cauteloso e até neurótico. Não o personagem mais carismático da série, mas essencial para ser o contraponto com Joey e Jesse que são os titios que ajudam a (des)educar as meninas. Joey é o amigo sem noção de Danny que em muitas horas é pior que as crianças, também não é o personagem mais engraçado da série, entretanto é o responsável pelos momentos mais sem-noção dos episódios. Já Jesse é o deslumbrado e eternamente projeto de músico, o personagem que, mesmo bem humorado na maior parte do tempo, serve de balança e alterna entre a seriedade típica de Danny e a infantilidade de Joey. Junto ao trio, após algumas temporadas, junta-se Becky, namorada/esposa de Jesse e os filhos gêmeos (e mega cutes) deles, Nicky e Alex.
Já na parte mais feminina e jovem da série, D.J. é a filha mais velha de Danny, responsável pelos momentos adolescente em crise do roteiro junto à sensacional amiga Kimmy, que muitas vezes deixa os três protagonistas de cabelos em pé. Steph é a filha do meio, que vive aquela característica fase de transição de criança para adolescente, fazendo com que ela e, muito menos, eles saibam quando ela está em cada uma. Michelle é a caçula da casa e, provavelmente, a personagem mais marcante e conhecida da série. Sendo responsável pela estreia de Mary Kate e Ashley Olsen na televisão, Três é Demais revezava as duas irmãs na interpretação da irreverente e muito espontânea Michelle. Sempre com tiradas sensacionais (além de muito fofinhas!), ela é a maior responsável pelo reconhecimento da série e, consequentemente, pelos melhores momentos.
Ao contrário dos trabalhos feitos com o intuito de impressionar as críticas ou ainda garantir premiações, Full House surgiu apenas com o compromisso de entreter, proposta que atualmente parece estar sendo deixada de lado pela maioria das produções em um cenário onde só o cult crítico e politicamente correto tem espaço. Lançada em 1987, a trama vinha ao ar em um momento delicado para a ABC, devido à perda da sua liderança e também de seus insights criativos no lançamento de produtos. Entretanto, com uma proposta bastante popular, o roteiro conseguiu conquistar e permanecer no ar por oito temporadas. Verdade seja dita, algumas não tão boas quanto às outras. Uma questão de desgaste natural. Enfim, Full House conseguiu de maneira vitoriosa cumprir a sua proposta.
Por isso, merece a indicação e também um tempinho para se assistir a uma trama inocente e sem compromisso com os roteiros mais densos que ocupam a tevê nos dias de hoje.
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