O livro nos mostra a história de Caitlin, uma garotinha de 10 anos, que é portadora da Síndrome de Asperger, e que perdeu seu irmão à pouco tempo em um massacre na escola em que ele estudava - uma referência ao massacre de 16 de abril de 2007, na Universidade Virginia Tech - . Devon, era a pessoa que mais a ajudava em tudo, era ele que lhe dizia como agir em determinadas situações, que escolhia suas roupas, ele era a pessoa mais próxima a ela, a pessoa que mais lhe entendia, era seu porto seguro. Os dois perderam a mãe cedo e ficaram aos cuidados do pai, Harry, um homem bom e gentil, que após a morte do filho se perde em um redemoinho de tristeza e escuridão.
O bom dos livros é que as coisas do lado de dentro não mudam. As pessoas dizem que não se pode julgar um livro pela capa mas isso não é verdade porque a capa diz exatamente o que tem dentro. E não importa quantas vezes você leia aquele livro as palavras e imagens não mudam. Você pode abrir e fechar os livros um milhão de vezes que eles continuam os mesmos. [...] Livros não são como pessoas. Livros são seguros.
Caitlin, vê seu pai chorando inúmeras vezes, mas não consegue captar muito bem o sentido de tudo, ela entende que seu irmão está morto, mas não consegue entender o que tem de fazer para ao menos minimizar a dor e o vazio que ela e o pai sentem. Caitlin quer chegar ao desfecho de tudo isso, quer que sua vida volte ao normal. E ao longo da história ela vai buscando seu desfecho, enquanto, vai tendo de lidar com os colegas da escola, com a falta de orientação do irmão e com a tristeza do pai. Porém, para ela é mais fácil quando é tudo preto e branco, e é complicado lidar com as coisas que não são concretas, lidar com os sentimentos dos outros e entender os seus próprios sentimentos.
Eu gosto das coisas em preto e branco. Preto e branco é mais fácil de entender. Cor demais confunde a cabeça da gente.
Mas para Caitlin chegar ao seu desfecho é o mais importante de tudo. E seguindo o conselho do irmão de " trabalhar nisso ", ela aos poucos vai aprendendo a lidar com seus colegas e vai deixando as pessoas se aproximarem de seu espaço pessoal, para assim, encontrar o seu tão aguardo desfecho.
FiNESse?
Isso.
Gostei dessa palavra. O que quer dizer?
Fazer uma coisa com tato e habilidade ao lidar com uma situação difícil.
Fico surpresa por só estar aprendendo essa palavra agora. Ela é a minha cara! É o que tento fazer todos os dias para Lidar Com essa situação difícil chamada vida.
Eu amei o livro, ele é um tapa na nossa cara, pois, muitas vezes, afastamos o quê e quem é diferente por não nos sentirmos confortáveis com o desconhecido e preferimos dizer não a ele à abraçá-lo e aprender com o que ele tem a nos ensinar, porque é mais fácil julgar sem conhecer. Nunca conheci ninguém que tenha a Síndrome de Asperger e para me informar melhor pesquisei em vários sites e assisti alguns vídeos, o que mais me encantou foram os vídeos, vi alguns depoimentos e dei uma olhada nos comentários e um em especial me chamou a atenção, uma pessoa que tem Asperger escreveu que para ela, a Síndrome de Asperger não é uma doença e sim um presente de Deus mal compreendido, achei isso incrível, pois é difícil encontrar pessoas com esse tipo de pensamento. Como percebi ao ler e ao ver os vídeos, as pessoas que possuem a Síndrome de Asperger, são tão incríveis e maravilhosas quanto qualquer pessoa " normal ", na verdade a única coisa que os difere, como a pessoa no comentário disse, é que as pessoas com Asperger receberam um presente de Deus, uma forma de ensinar à todos nós um pouco mais sobre igualdade, sobre se colocar no lugar do outro antes de julgar, sobre amar e ser humilde. De um jeito simples, leve e bem dosado Kathryn nos encanta com a história da pequena Caitlin. Recomendo muito esse livro, e acho que ele deveria ser lido por todos, adultos e crianças, para que assim todos possam aprender valiosas lições sobre a vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário